sábado, 26 de maio de 2012

O Brasil está na contramão da RIO +20

Há poucos dias de ocorrer a conferência mundial sobre desenvolvimento sustentável,a Rio+20,o Brasil mostra que não fez nem mesmo o dever de casa: a política nacional de combustíveis privilegia o consumo da gasolina em detrimento do ecologicamente correto etanol(álcool). Desde 2006, esse cenário começou a ser montado e naquele ano ainda, o Brasil deixou de ser o maior produtor de álcool do mundo, perdendo o posto para os norte-americanos. Em consequência disso, o preço desse bio-combustível disparou aproximando-se do da gasolina, que tem seu preço controlado pelo Governo Federal. Como o preço do álcool não é controlado, seu valor nas bombas subiu tanto, que hoje em dia não é vantajoso abastecer automóveis com esse combustível. Então, só resta ao consumidor encher o tanque com gasolina, um combustível fóssil que emite CO2,o principal causador do efeito- estufa. A Petrobrás, por sua vez, diminuiu a quantidade de álcool na gasolina, fazendo com que este combustível se torne ainda mais poluidor.O que dirá Dilma Roussef, sobre o assunto, caso seja questionada na Rio+20? Tal política estranha por parte do Governo Federal dificilmente será comentada nessa conferência, porém será contraditório cobrar ou até mesmo discursar sobre sustentabilidade, com um péssimo exemplo feito dentro do próprio país realizador do encontro. O que Dilma deve fazer é admitir o erro dessa desastrosa estratégia que faz mal à toda sociedade e , a partir daí, elaborar uma outra política de apoio às usinas produtoras de álcool,barateando a produção e consequentemente os preços. E assim teremos menos poluição em nosso ar.O planeta agradece.

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