terça-feira, 26 de junho de 2012

O SALDO DA RIO+20

Muitos analistas afirmam que,efetivamente, a Rio +20 foi um fracasso, já que as nações mais ricas não participaram e o documento final pouco trouxe em novidades. Realmente não houve nenhum avanço em relação à ECO92. Porém deve-se observar o lado bom da realização da conferência.Dessa vez, a sociedade está mais consciente dos problemas relacionados à sustentabilidade e se o encontro de técnicos, diplomatas e autoridades nada resolveu, esse é o sinal para que a sociedade civil saiba que a sua mobilização é a chave para uma mudança efetiva. Antes e durante a sua realização, a Rio+20 já despertava a desconfiança de que seria pouco produtiva. O não-comparecimento de autoridades como Barack Obama e Ângela Merkel denunciava uma falta de compromisso dos países mais ricos com a sustentabilidade. Assim, as 190 nações participantes representaram menos de um terço do PIB mundial e , politicamente, tiveram pouco peso para elaborar um documento com ações contundentes. Sabendo que a exemplo da ECO-92 e, agora, da Rio+20, tais conferências pouco trazem de efetivo para o meio-ambiente, está na hora de a sociedade se mobilizar e começar por si mesmo as ações que ajudem a minimizar os efeitos da poluição e do desperdício.Isso pode ser feito em campanhas educativas sobre coleta seletiva, reciclagem, plantio de árvores, economia de luz e água e uso de produtos sustentáveis.Essas ações dependem, é claro, da ajuda dos governos, porém é o que se pode fazer e quiçá seja uma forma de pressionar líderes e autoridades governamentais a agirem, em vez de gastarem tempo e energia em conferências inertes e, ironicamente, não-sustentáveis.

domingo, 10 de junho de 2012

O PRINCÍPIO DA RECIPROCIDADE NA RELAÇÃO ENTRE BRASIL E ESPANHA

Recentemente,turistas brasileiros vêm sendo deportados da Espanha. Alguns mal conseguem sair dos aeroportos, ficando retidos em salas exíguas, sem alimentação e água, em tratamento digno de prisioneiro de guerra. As autoridades espanholas afirmam que muitos desses brasileiros não apresentaram a documentação exigida pra adentrar ao país : cartão de crédito com a última fatura , reserva de hotel e passagem de volta com data marcada, além da carta-convite.Porém, nada justifica o tratamento desumano feito até mesmo contra idosos e crianças brasileiras. Mas o que o Itamaraty fez em relação a isso? Usou o princípio da reciprocidade,ou seja, passou a dar tratamento igual ao espanhóis que desembarcam em solo brasileiro. Segundo Roberto Maltchick do jornal O Globo,a partir do início de abril, o Brasil se tornou mais rigoroso em relação à entrada de visitantes espanhóis. Entre as exigências no controle imigratório estão a de bilhete aéreo de volta , com data de retorno marcada, comprovação de meios econômicos para permanência no Brasil, no caso, a quantia mínima de R$ 170 para ingressar em território brasileiro. Mesmo assim, não conseguiu equiparar as dificuldades criadas para o ingresso de brasileiros no país europeu. Alguns obstáculos previstos na legislação espanhola não existem por aqui, como, por exemplo, o pagamento de quase cem euros por uma carta-convite, que só pode ser obtida pelo anfitrião na Comisaría de Polícia. E mais: o tratamento dado aos brasileiros não é isonômico em relação a outras nações latino-americanas, como alega o governo espanhol:há notícias de que para chilenos e mexicanos nada é cobrado nos aeroportos. A atitude espanhola é estranha num momento em que o fluxo de brasileiros que procuram o país ibérico para morar é muito pequeno, já que de conhecimento mundial que a Espanha passa por uma crise econômica sem precedentes, o que faz com o fluxo inverso, este sim, cresça a passos largos.Por outro lado, é preciso continuar dando tratamento igual ao espanhóis que aqui desembarcam, porém é preciso, antes de mais nada, cobrar das autoridades espanholas o porquê desse tratamento desigual dado aos brasileiros.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

O BRASIL NÃO PRECISA SE PREOCUPAR COM A CRISE EUROPEIA

Apesar das péssimas notícias econômicas vindas da Europa,o Brasil não tem motivos para se desesperar. Isso porque o país tem um bom momento em sua economia interna, será anfitrião dos dois maiores eventos esportivos do mundo, há um pré-sal inteiro ainda para ser explorado e, ao contrário dos países europeus, as reservas de energia são diversificadas. Funcionando como um termômetro desses bons indicadores, o momento econômico favorável vivido no Brasil pode ser demonstrado pelo grande números de investimentos estrangeiros, principalmente vindos da China, que pretende instalar novas montadoras de veículo no país. Outro exemplo é a situação dos bancos espanhóis,em especial o Santander, cujas filiais brasileiras estão "sustentando" as matrizes europeias. Além disso, há a diminuição do desemprego em todo o país. Assim, a crise econômica não chegou ao gigante da América do Sul. Há também a aproximação de dois eventos esportivos de grande porte:a Copa do mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016. De uma maneira ou de outra, esses eventos trazem muitos recursos através de investimentos empresariais, o que movimenta muito a economia gerando, inclusive, mais empregos, e do turismo. Essa é outra grande fonte de emprego e de entrada de dólares na economia. Por outro lado, além de ter como maior fonte de energia, as hidrelétricas, que são abundantes em seu território, o Brasil também está investindo em energia eólica, principalmente nos estados do Maranhão e Rio grande do Norte.Some-se a isso o enorme potencial energético que o pré-sal demonstra, servindo como uma reserva de energia gigantesca, o que garantirá a autossuficiência em petróleo por muitos e muitos anos. Vale lembrar que, na Europa e na China, as maiores fontes de energia são as termoelétricas, que queimam carvão, gastam muito dinheiro e poluem o meio ambiente. Portanto, não há motivos para desespero nesse momento de crise econômica europeia, pois o Brasil tem motivos suficientes para manter a tranquilidade e até começar a ditar as regras do novo jogo econômico mundial, assumindo assim, uma nova condição de potência de primeiro mundo.Para isso, basta que governantes e empresários entendam que a economia brasileira nunca esteve tão bem.